O homem que virou suco e Deu pra ti anos 70, dois clássicos dos anos 80, foram exibidos no Lira Paulistana
O Teatro do Lira Paulistana abrigou, durante seu funcionamento, entre os anos de 1979 e 1986, as mais diversas manifestações artísticas. Apesar de ser conhecido com um templo da música, o Lira abriu suas portas para o teatro – aliás, foi a peça É Fogo Paulista, dirigida por Mário Mazzetti, a primeira atividade do espaço – o cinema, a literatura, o jornalismo, entre outras formas de expressões.
O cartaz acima, por exemplo, mostra a exibição do filme Deu pra ti anos 70, dos diretores gaúchos Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti, no espaço do Lira. O filme aborda os sonhos e as desilusões de dois adolescentes, Marcelo e Ceres, durante a década de 70, um período de incertezas e desafios para a juventude brasileira.
Outro filme exibido no Lira, esse por iniciativa do ex-sócio e diretor do documentário Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista, Riba de Castro, foi O Homem que virou suco, de João Batista de Andrade, lançado em 1981. O filme, que conta a história de um poeta nordestino tentando sobreviver em uma cidade grande, teve vida curta nos cinemas, mas não no Teatro do Lira.
Enquanto estava sendo exibido no Lira, O Homem que virou suco foi premiado em um Festival de Cinema de Moscou. Foi o que bastou para que a fita despertasse a curiosidade do público. O Lira, então, passou a ter grandes filas em sua porta e teve que multiplicar as sessões do filme.
Entre outros filmes que foram exibidos no Lira, estão Lira do Delírio, Sargento Getúlio, Última Parada: Bairro Boêmio, Doramundo, Libertárias, O Bandido da Luz Vermelha, Fantasma, Sem, Essa Aranha, O Sonho Não Acabou, Kuarup.