O Teatro Lira Paulistana foi a casa da Vanguarda Paulista. E, quando se fala em Vanguarda, os nomes que aparecem, de primeira, são os de Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Grupo Rumo, Premê, Língua de Trapo e Tetê Espíndola.
Mas, como mostra o documentário Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista, de Riba de Castro, Arrigo nunca tocou no Lira. E por um motivo muito simples: a banda que o acompanhava simplesmente não cabia no pequeno palco do teatro.
A “revelação”, contada no filme pelo próprio Arrigo, surpreende muita gente: jornalistas, fãs de música e seguidores do perfil do filme no Facebook. Tem gente que jura ter visto Arrigo tocando lá.
Arrigo, infelizmente, nunca fez um show próprio no Lira, mas frequentou muito o teatro e chegou a dar canjas em apresentações de amigos. Entre as suas lembranças, está a do primeiro show de Itamar com a banda Isca de Polícia em sua formação original. Virgina (Rosa), Vânia (Bastos) e Suzana (Salles) nos vocais. Luiz Rondó na bateira, Pumps no baixo, Paulo Barnabé na bateria e Luis Lopes nos teclados. Acho que havia mais um instrumentista”, lembra Arrigo.
Além de ver o irmão, Paulo, tocar, Arrigo ia prestigiar outra pessoa da família. A mãe dele era quem fazia os figurinos da Isca. O uniforme da banda, as roupas das cantoras e o macacão do Itamar, foram feitas por minha mãe. Era tudo branco e preto. Foi um show impressionante!, lembra Arrigo.
Desfeito o erro histórico, é preciso dizer que Arrigo sempre foi – e continua sendo – um grande amigo do Lira. Prova disso é que ele foi um das atrações do show que marcou as comemorações dos 30 anos de fundação do Lira, em 2009. O músico se apresentou (vídeo abaixo) na Praça Benedito Calixto, um lugar especial para a história do Lira Paulistana.