Extra 2: a memória e a influência do Lira

Tas: do mundo analógico para o mundo digital

Tas: do mundo analógico para o mundo digital

Riba de Castro resgatou e contou a histórias do Teatro Lira Paulistana no Documentário Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista. O número de entrevistados – mais de 60 no total – mostra como o centro cultural paulistano foi fundamental para as artes em geral.

Nomes de destaque na cultura nacional, entre Marcelo Tas, Amilson Godoy, Wandi Doratiotto, Apoenan Rodrigues, Skowa, Suzana Salles, Tetê Espíndola, Toninho Prada, Edith Derdik, Passoca, Alice Ruiz e Maurício Kubrusly falam – neste extra – da importância de relembrar e, principalmente, apresentar o Lira para as novas gerações.

O apresentador Marcelo Tas diz que a geração da internet já nasce, segundo ele, com uma memória muito mais aguçada e que, por isso, cabe à geração “analógica” – a do Lira – contar o passado mais remoto. “É preciso oferecer para essa geração a memória da época que ela não viveu. Especialmente a memória do mundo analógico”, diz

“Não é saudosismo, é informação”, opina Wandi, líder do grupo Premê. Para a cantora Suzana Salles o documentário é como um chamado do tipo “atenção para a história da música da vanguarda brasileira”.

Zeca Baleiro, que, obviamente, nunca se apresentou no Lira e não teve a oportunidade de frequentá-lo, diz que, mesmo lá no Maranhão, onde nasceu, acompanhava a turma da música que fez história no Teatro do Lira. “Éramos artistas iniciantes, mas já estávamos em um momento de inquietude”.